A História do Airsoft ! Como tudo começou…
Um breve resumo do Airsoft no RS e Brasil…
Bom, o relato que farei agora, é totalmente de acordo com minhas lembranças (e nesse caso, elas são bem boas sobre essa história) está havendo muitas discussões sobre a origem do airsoft no Brasil, quem trouxe a primeira arma? quem começou a importar? Marcos do Val é o embaixador mesmo? coisas desse tipo, mas posso dizer que eu e mais outros amigos temos uma pequena participação nisso tudo. Primeiro, pra quem não me conhece e para muito outros que me conhecem, eu sou o Cebola, tenho 42 anos, (quase 20 anos nesse meio, entre paintball e airsoft) Tenho experiência militar (6 anos no EB), trabalhei mais uns 6 anos como instrutor de armamento e tiro, onde nesse meio tempo fiz muitos cursos e treinamentos táticos com o EB, força aérea, PF, Polícia Civil e Militar e com um instrutor da SWAT (não o MV, outro de verdade) e junto disso tudo, fui me especializando cada vez mais no airsoft (não sou o sabe tudo e dono da verdade, tem muitos caras bons e até melhores que eu nesse Brasil afora) e hoje continuo prestando serviço de manutenção para airsoft para quem precisa e sou assistente técnico de 3 lojas entre RS,SC e PR.
Como muitos sabem, na década de 90 era relativamente fácil comprar pistolas spring gun nos camelôs, sem nota, ponta laranja e sem nada de lei, ninguém sabia que o nome daquilo era airsoft, só se chamava de “pistola de bolinha”, até que um dia o governo mandou cortar e prendia quem trazia e tal, passando para os anos 2000, o Parafal, um cara que criou o site airsoftbrasil.com, formado em direito, importou ele e mais outro cara, dois M4 da tokyo marui, com autorização do EB e tudo certinho, aí começava o airsoft de verdade no Brasil, ele marcou reuniões no DFPC de Brasília e junto com alguns oficiais do EB, começaram um esboço de lei para controle do airsoft, nesse momento elas eram consideradas simulacros e tratadas como se fossem armas reais, nesse meio tempo, quando a lei já estava servindo pra alguma, o Parafal fez o “meio de campo” pra mim e comprei um SIG 552 lançamento da TM, fiz um CR, pedi autorização do Eb, importei, custou os olhos da cara na época (2003) tinha vendido minha arma de paintball pra comprar o airsoft, levou uns 5 dias pra chegar do japão pra minha casa, aí eu era o feliz proprietário de uma arma de airsoft mega boa, mas o problema era que só eu tinha e não sexistia suprimentos (bateria e BB) pra la no mercado, e lá ficou guardada no meu roupeiro por uns 2 anos mais ou menos essa arma sem poder usar a não ser pra mostrar para os outros, depois com o passar do tempo fiquei sabendo de uma MP5 SD6 TM e um M16A2 spring gun que existiam antes do Sig, mas que também não eram usados , fora as milhares de pistolinhas que existiam espalhadas por aí, então voltei para o paintball e disse que quando a lei se ajeitasse de verdade, eu migraria para o airsoft. Lá por 2005/2006, a lei se ajeitou, surgiram as duas primeiras lojas virtuais de airsoft, camuflagemairsoft e qgairsoft, não sei qual das duas veio primeiro, e começaram a trazer algumas armas e foi um grande sucesso de vendas, nessa época, a CZ (combat Zone) coordenada pelo Cauê, migrou de vez para o airsoft, acredito que foi a primeira equipe de airsoft do RS, eles se basearam nas regras básicas do airsoft que todo mundo deve seguir hoje, deram uma lapidada nela (senão me engano, usaram também um compendio de real action dos Galos de Briga de Minas Gerais) e hoje temos as bases de tudo isso para o airsoft, os Galos de Briga também se acham os precursores do real action no Brasil, mas acredito que os que começaram com isso de verdade foi o Daniel (Tauras), Cauê (CZ), Romualdo (Ruinas Paintball) mais outros 2 caras que sumiram do mapa e logo em seguida eu e o Marc (Marcelo, amigo meu de infância), isso nos idos de 98/99, já tínhamos equipamentos americanos, armas customizadas, já fazíamos treinos e joguinhos voltados pro milsim e tal.
Agora (meio perdido nas datas, 2010/2011 eu acho) meu antigo time de paintball já todo com armas de airsoft a um bom tempo, (compradas na primeira loja de airsoft do RS, Black Shadow, ficava em Rio Grande, aberta pelo amigo André “Feijão” Pedroso, que jogava paintball no famoso time dos Dragões Azuis daquela cidade), marcamos uma reunião com o Diretor da Rossi Armas, Luciano Rossi, para mostrar o airsoft pra ele, que estava meio relutante em trazer materiais de paintball, um dos integrantes da equipe, André “Spark”, amigo de infância, que até hoje é representante dessa empresa, organizou nossa ida lá, éramos em 6 caras, e levamos umas 13 armas eu acho, o Luciano achou muito interessante e resolveu importar um container com alguns vários modelos e na primeira leva vendeu tudo e se emocionou, montou a cyberx (que logo se tornou actionx) contratou o Marc para trabalhar e logo mais contratou eu, montamos praticamente toda assistência técnica da actionx e éramos mecânicos, testadores de todas as armas que chegavam e consultores para tudo que eles queriam trazer, logo em seguida a Loja da Carabina também começou a vender airsoft pois de certa forma, tem um vínculo bem próximo à Rossi, mas isso é uma outra história que não vem ao caso, trabalhei pro 3 anos lá, aumentei minha experiência e conhecimento e por causa da crise que assolou o país, fui demitido junto com outras pessoas, aí a partir desse dia comecei a fazer serviço pra todo mundo e a partir daí o resto acho que a maioria conhece, desde esse primeiro container de airsoft, começou a surgir armas para todos os lados, no começo muitos achavam ruim e muitos outros achavam bom, esses dois lados eram os jogadores de paintball antigos que migraram para o airsoft contra os novatos que não sabiam de nada, no final, os antigos perderam porque o esporte só tende a crescer cada vez mais e por enquanto acho difícil parar, de ser proibido, de ficar mal falado e criminoso ou algo do tipo, sempre ouvi falar que o paintball logo logo ía ser proibido, mas está aí firme e forte até hoje.
Em tempo ainda, de falar do Marcos do Val, conheci ele entre junho/julho de 2015, ele foi lá na Actionx fechar uma parceria de propaganda, fez alguns vídeos para a empresa (que todos podem assistir no youtube) bati um papo com ele somente sobre treinamento de force-on-force e as possibilidades de uso do airsoft e coisas do gênero, sobre armas reais, táticas e afins, lembro que ele disse que gostou demais da conversa porque em nenhum momento falamos sobre SWAT, Jô Soares, (do Jô ele só falou que ele não devolveu a lanterna ou o canivete dele até hoje) tretas e afins, não falamos sobre as coisas que todo mundo pergunta pra ele sempre, aí ele gsotou muito de conversar, estava junto dele, um outro cara que era dono de uma loja famosa no Espírito Santo e patrocinava o MV de certa forma, na conversa lá ele me falou: “- Pô, tu que é o famoso Cebola??? os moleque lá da loja só falam em ti, tu é mais conhecido que o MV”, claro que falou brincando, mas fiquei com a boca lá na orelha, foi nesse dia que o MV conheceu de verdade as armas de airsoft, atirou com várias, mostramos pra ele o funcionamento, como era por dentro, modelos, marcas, todo o basicão, ele fechou uma parceria de propaganda e marketing para actionx e começou a divulgar alguns vídeos, um mês depois ele foi convidado para ir assistir a Operação Minotaurus, que era minha equipe (Tauras) que eu fazia parte desde a formação à convite da actionx e da loja da carabina que patrocinavam o evento, foi um cara muito legal com todo mundo, tirou fotos com cerca de quase 400 caras, não reclamou de nada e ficou impressionado com o tamanho do evento e organização, nesse dia eu acho QUE ELE veio A se intitular “embaixador do airsoft”, pois ninguém em sã consciência iría atribuir isso à ele, o cara é muito bom em vender a imagem, tem milhares de seguidores no face, milhares de curtidas de qualquer coisa que ele coloca lá, o cara é mestre em Aikido realmente, sabe usar algumas armas, mas na minha opinião seria um “operador” mediano, mas daqueles médios puxado pro fraco até, digo isso porque vi ele atirando e achei meio desengonçado pra postura de tiro com armas, mas ele pode arrebentar o cara com uma mão só, hoje estão numa cruzada pra acabar com ele, eu particularmente acho uma bobisse e ciumeira geral do povo que está contra ele, com certeza ele se passou e se perdeu no embuste e no uso exagerado do termo “instrutor da SWAT”, exagerou no status dele por aqueles lados dos EUA, achando que ninguém nunca iría descobrir por aqui, mas com certeza ele foi e vai lá dar cursos e treinamentos pros caras, participou de outros cursos e treinamentos com policiais dos EUA, fez coisas legais que todo jogador de airsoft sonha em fazer, mas tudo isso de uma forma bem menor do que ele exalta aos 4 ventos e acho que ele tá se perdendo por tentar se defendr demais e não ter provas convincentes, mas pra mim, é puro ciúmes do cara por ele não ser militar ou policial.
Em fim, isso tudo é um resumo de quase uma vida nesse meio, tenho bastante experiência nessa área, como disse antes, não sou sabe tudo e dono da verdade, mas tudo que passei até hoje já serviu de lição tanto pra mim quanto pra outros que falei que tal situação iría virar tal resultado, incrivelmente eu acertei várias e depois foram na minha casa dizer que eu estava certo, hoje me reservo no direito de escolher aonde e com quem jogar, eu e minha equipe optamos pelo milsim com pouca gente e em locais diferentes e legais, nada de campos prontos, não que eu não irei jogar em campo uma vez ou outra, mas não é meu intuito, hoje existe os jogadores fairplay e os milsim/real action, e eu sempre digo para os novatos: Jogue em tudo que puder e o quanto aguentar, jogos de várzea, juntamento, eventos lotados de gente (que pra mim são os piores) eventos e jogos com pouca gente (os melhores) jogos fechados (melhores ainda), até se decidir o que quer da vida no airsoft , pois um dia irá dizer: “Bah o Cebola tinha razão”.
PS.: As histórias são muito maiores, existem mais pessoas envolvidas de menos importância, mas as histórias de jogos, combates, viagens e aventuras são as melhores.
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