Relatos de Guerra – Operação Tróia – Por Franja – Caxias do Sul/RS

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Salve galera aqui operador Franja, que lhes relatará o Retrato de Guerra da Operação Tróia, realizado pela equipe Divisão 54 de Caxias do Sul/RS, evento esse realizado dias 09 e 10 do mês de julho de 2022.

Bom nos organizamos para ir no evento em 6 amigos sendo eles, Édipo de Não me Toque, Scheleski do Portal AirsoftRS de Panambi, Matheus de Panambi, Diego de Passo Fundo, Matheus de Passo Fundo e eu Franja de Camargo, sendo assim fomos em 2 carros com 3 operadores cada e carro lotado de equipamentos e material para camping, bebidas e carnes.

Eu me juntei aos demais em Vila Maria, eles já haviam feito mais de 150 km até onde eu estava e deste ponto até Caxias era mais 3 horas de viagem, onde passou muito rápido o tempo pois as conversas é risadas eram intensas, a expectativa de chegar na arena airsoft era enorme, as 20:45 chegamos no local e fomos muito bem recebidos pelos organizadores e demais operadores que ali já se encontravam, levamos nossas coisas para a área de camping e voltamos para a parte central onde estava saindo uns petiscos, ae começou aquela resenha 100%, jantamos e logo começou a parte das bebidas, confesso que tomamos um pouco além do normal kkkk, saiu muitas brincadeiras entre elas o desafio do dardo onde quem errava na maior distância tinha que beber uma uma cachaça muito boa por sinal, as 02:00 da manhã pessoal que ali estava foi dormir, porém eu, o Édipo e o Matheus resolvemos ficar bebendo umas a mais e fazer um churrasco as 04:00 da manhã até quem foi o assador foi um operador que estava próximo ao acampamento e não conseguia dormir por causa da nossa exaltação.

Após isso cada um foi dormir um pouco das 5:00 ás 07:00 sendo que assim, logo ficamos prontos para a batalha que iniciava as 9:00 da manhã, cronamos nossos equipamentos e se dirigimos para o local do jogo onde nós éramos do exército PMC que estava em boa desvantagem numérica ao exército militar, montamos um pelotão de 8 operadores (os 6 da viagem , mais o guri que foi o assador, e outro guri que por ali estava), nossa missão no jogo era proteger o piloto que estava a uns 300 metros da nossa base, como a cada 3 operadores teria que ter 1 médico a tal tarefa ficou por conta do Édipo e por mim, onde logo nos primeiros minutos de jogo tivemos muito serviço de cura pois os militares vieram com sangue no olho, fazendo toda nossa linha de ataque recuar no mínimo uns 300 metros, confesso que pensei que ali já seríamos derrotados, mas….nos reorganizamos e começamos um combate de muita trocação de tiro e aos poucos começamos ir levando eles cada vez mais longe de nossa base desta vez nós fizemos os militares recuarem no mínimo um 1km.

Por ser um game onde era munição controlada tínhamos que focar em disparos objetivos, nós médicos tivemos muito mas muito trabalho posso afirmar que 99% dos feridos foram salvos, mas para nosso exército bastava resgatar a antena que estava a 30 metros de nosso combate mais árduo, tínhamos que resgatar a antena, levar para nossa base, para assim liberar a maleta com a bomba para destruir e finalizar o game, mas é agora que começa a parte mais fascinante do game para mim.

Nesse exato momento por volta das 12:00 nosso exército estava quase todo destruído ou por acabar as vidas ou por acabar munição, foi ai que alguns operadores confundiram a missão e vieram com a maleta sem a antena estar dominada, logo pensei estamos quase todos mortos eu já estava a mais de 30 minutos sem munição e com apenas 1 vida, pedi a maleta e recuei uns 300 metros, me camuflei a uma moita espinhosa e bem fechada e fiquei com a maleta, alguns colegas viram que eu ali estava, porém não sabiam o porque, em menos de 10 minutos todo pelotão foi morto e no mínimo 30 militares avançaram para resgatar o piloto e dominar totalmente o jogo, todos os militares passavam a 1 ou 2 metros de onde eu estava e confesso nem piscava de medo de ser visto, mas por sorte isso não aconteceu.

Fiquei ali por alguns minutos pensei oque faço agora, vou pelas costas deles e mato alguns porém certamente seria morto pois só restava as 30 munições da pistola, mas mantive a calma e pensei, provavelmente não ficou ninguém na antena protegendo, pois eles (os militares) viram que não havia mais ameaças, mas o fator surpresa prevaleceu, deixei a maleta com a bomba no local que havia me escondido, fui lentamente e com muito receio até a antena a resgatei e fui me deslocando com muito cuidado para nossa base que ficava a mais de 2 km de onde estava e pra piorar eu sabia que em algum momento ia ter contato pois eles tinham feito uma linha de ataque em todo campo, depois de uma boa distância me deparei com 3 inimigos militares que estavam segurando o retorno dos PMC’s fiquei por minutos a uns 30 metros deles sem ser visto, só esperando eles se agruparem mais próximo possível para mim tentar um ataque, no momento de distração deles fui indo cuidadosamente até chegar a uns 3 metros e matar os 3, lembrando que só tinha as munições da pistola, com isso voltei até onde tinha deixado a antena e meu fuzil os peguei e entreguei a antena para uns guri que por não ter mais os 3 militares ali segurando, a equipe conseguiu chegar até mim e levar a antena mais uns 100 metros aonde era nossa base, para assim liberar a maleta de ser colocada no objetivo final, porém só eu sabia onde estava a maleta, logo recuperei minhas vidas e pude municiar novamente o fuzil.

Foi neste momento que mobilizamos uma boa parte do nosso exército, e começamos a operação de ataque para chegar até a maleta, assim tive total êxito fui até o local peguei a maleta e fomos em direção a base inimiga matando tudo oque aparecia na frente, o fôlego não ajudava mais faltando uns 50 metros da área destinada tive que passar a maleta para outro operador onde fomos no base avançada e implantamos a bomba fazendo o tempo correr , pois tínhamos que a segurar ativa por 30 minutos, ouve muita resistência, esse mesmo tempo os militares também conseguiram ativar a bomba em nossa base, eles acionaram 8 minutos antes e por esses 8 minutos nos fomos derrotados.
Para nós PMC’s saímos como vitoriosos pois conseguimos fazer todas as missões estando em enorme desvantagem numérica.

Por fim quero agradecer em especial aos amigos de viagens, aos organizadores do evento e um forte abraço a cada operador que se fez presente, com certeza muitas amizades foram feitas.
Um forte abraço a todos e nos veremos nos campos deste Brasil a fora.

Att.
Altemir Trentin (Franja).
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Colunista: Scheleski

Joelmir Scheleski, vulgo Xexéu. Fundador do Portal Airsoftrs.com Colunista, Droneiro, Fotógrafo, Podcaster, Videomaker, Pai do João e da Maria Valentina. Apaixonado por tudo que se tornar interessante!
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