Ruas em Guerra 6 – Eu fui – Por Richardson Luz

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Olá atiradores de bolinhas de PVC e apertadores de gatilho, grupo ao qual carinhosamente me incluo. Quero contar a vocês a minha mais nova experiência em termos de jogos de grandes proporções. Esse tipo de jogo eu considero que tenha mais de 100 ou 120 jogadores de cada lado. Jogos de grandes proporções, como o que fui em Brasília DF, causam uma sensação diferente.

Escolhi o Ruas em Guerra porque estava sendo organizado pela FABE – Federação de Airsoft de Brasília e Entorno, e porque já havia acontecido cinco outras edições do mesmo game, inclusive uma delas gerou uma polêmica muito grande quando penduraram bonecos de pano como se fossem corpos embalados em plástico e pendurados de cabeça para baixo. Os Mimizentos caíram em cima porque seus olhinhos se ofenderam, mas tudo bem.

Dessa vez não houve bonecos pendurados nem outra coisa ofensiva, teve sim três viaturas que deram certo trabalho aos guerreiros do jogo, uma delas tinha o símbolo da ONU, pois o tema era sobre os conflitos no Haiti, entre insurgentes e Forças de Paz da ONU.

Também fui a Brasília porque lá mora um irmão meu que é Oficial da Marinha Brasileira, médico e que esteve no Haiti real, tendo inclusive envolvido em enfrentamento direto com os insurgentes.

Claro que envolvi completamente este meu irmão para ele ir comigo nesse evento que prometia muito, mas muito mesmo. Como eu tenho mais de uma AEG, levei para ele lutar ao meu lado. Providenciei colete balístico, óculos de proteção, bandagens, munição e tudo mais. Levei pela primeira vez uma arma de airsoft para um vôo até Brasília. Em outro artigo explico a senda do guerreiro de airsoft nos aeroportos do Brasil mimizento.

No primeiro dia, um sábado, jogamos num matadouro, que em princípio era abandonado ou desativado, mas vi (e senti o cheiro de) alguns porcos no local. Havia muitos jogadores, o calor estava extremo. Os combates bem intensos e os objetivos muito bem definidos, como uma bandeira a ser conquistada no alto de uma pequena colina.

No dia do evento, no domingo, chovia muito. No RS não costumamos jogar com chuva, mas como eu viajei por mais de 2mil quilômetros, eu tinha que ir.

Durante a madrugada de sábado para domingo houve uma notícia de que o evento estava cancelado, pensei que se tratava de mais uma “fake news”, mas não. estava lá no perfil do Instagram da FABE. Incansável a organização mexeu os pauzinhos e conseguiu a liberação para realizar o evento; foi só um susto.

Ao chegar ao local, um distrito industrial de Sobradinho – DF, vários guerreiros “empacotavam” suas armas com um filme plástico para evitar possíveis problemas elétricos. Fomos muito bem recebidos, inclusive nos emprestaram pedaços desse filme para embalarmos nossas armas.

A chuva pegando, mas nós prontos para os combates

Dado o sinal para o deslocamento para os respectivos pontos onde os exército amarelo (Insurgentes) e azul (ONU) deveriam se deslocar. Caminhamos umas quatro quadras e nos alinhamos em três grandes grupos; Alfa, Bravo e Charlie. Eu e meu irmão pertencíamos a esse último. Durante o caminho para esse local, passamos por um poste onde estava uma bandeira amarela e outra azul, ambas com cadeados de segredo para serem abertos com senhas e então levantadas. Junto à bandeiras havia um pôster dizendo “Bandeira P10, senha para abrir P5: 5237”. Tenho uma memória fotográfica muito boa. Li o cartaz e guardei a tal senha.

O Unicórnio era um personagem constante no jogo, não tinha como não notá-lo. Combateu ferozmente tendo inclusive derrubado uma VTR.

Iniciaram-se os combates, tínhamos que deslocar em direção aos Insurgentes que começaram a nos enfrentar, enquanto isso, a chuva pegando. Muita gente combatendo, inclusive o Unicórnio mais amado de Brasília, personagem que alegrou a manhã chuvosa de combates.

Avançamos, recuamos, avançamos novamente, eu e meu irmão quando éramos atingido não tinha como saber de onde vinham os tiros, era muita gente gritando e atirando, rajadas a torto e a direito. Muita emoção, meu irmão dava risadas de satisfação, era a segunda vez que jogava e a primeira fora há mais de quatro anos passados, então era uma nova experiência para ele.

Fomos avançando e ganhando espaço, os médicos eram rápidos, o sistema de cura muito eficiente. O combatente ao ser atingido abaixava ou sentava no chão, colocava o pano vermelho e se auto aplicava a bandagem, ao terminar esse processo chamava o médico e dizia estar pronto para a cura, o médico aproximava-se e tirava o pano vermelho da cabeça do guerreiro e o entregava ao guerreiro, que podia agora participar de novo do combate. Confesso que gostei bastante desse processo de cura, ele demora tanto quanto enrolar uma atadura de 1,80m do SAR.

O final do game foi comemorado com tiros para o alto e muitos gritos.

A manhã de combates passou como um raio, quando vimos nosso exército capturou o chefe dos insurgentes e ganhamos a batalha. Tiros e gritos para todos os lados, eram aproximadamente 13h15min da tarde.

Eu e meu irmão, após o jogo, representando a equipe Predators Milsim Team.

Só tenho a agradecer à organização do RG6, como era chamado. O pessoal da FABE realmente se esforçou para entregar um baita evento, e conseguiu. Parabéns.

Relato de Guerra no Airsoft por: Richardson Luz – Colunista Portal Airsoftrs.com
Capitão da Equipe: Predators Milsim Squad.

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About Post Author

Colunista: Richardson Luz

Richardson Luz é capitão da equipe Predators Milsim Team e gosta de pesquisar sobre assuntos diversos inerentes ao esporte tais como; jogos em larga escala, eventos, customização de armas, regras Milsim e SAR, elaboração de treinamentos e manuais.
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