Relatos de Guerra – Operação Tróia em Caxias do Sul/RS por Diego da Fox Unit

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A semana começou tensa e estressada, são dias complicados para quem, conhece o momento que estou passando,  na manhã de terça feira dia 05/07 recebo uma mensagem, convidando a equipe para jogar o evento Operação Troia, era o Rafael Idalgo um amigo que tive o prazer de conhecer e descobrir que é um “baita cara”, um dos amigos que o esporte nos presenteia,  ainda na terça a noite o  faço uma pausa pego um café e paro para pensar no evento, diante de um dia caótico, repasso o convite ao grupo e até o momento a equipe não poderia estrar presente.

Decidi por conta participar e em pouco tempo nos organizamos, o Scheleski um grande amigo viabiliza uma carona, o time estava formado, Eu, Scheleski, Édipo, Franja, e Matheus (de Caxias) e Matheus (de Passo Fundo).

Sábado 09/07/2022 partimos em viagem para Caxias, no carro conheço outro amigo, Matheus, um baita cara, muito empolgado com o evento, a resenha de ida foi ótima muito conhecimento trocado, e a expectativa era grande, na chegada a Caxias tomamos um susto com um motoqueiro, que avançou contra nosso carro pela direita, já era noite e o susto foi grande, logo chegamos ao campo do evento.

A recepção foi incrível, já chegamos e a organização trabalhando a mil, organizando um game noturno o campo já impressionava, logo descarregamos as malas e recebemos uma generosa bandeja de carne com uma cerveja na mão a empolgação tomou conta do pessoal, encontro o Rafael e vem a pergunta básica de todo operador de airsoft, – Como vai ser o evento? -Eu não li nada do que era para fazer na missão, (as risadas tomaram conta do lugar),  a música era divertida, o pessoal estava animado, e relembrando de outros eventos a conversa ficou muito boa,  nem vimos o tempo passar já era passado da meia noite, e muitas risadas e muita diversão.

Chegou a hora de dormir e a adrenalina a mil… eu sofro de insônia, e ficamos hospedados na cabana casa de recepção do campo, uma cortesia,  montamos os colchões e fui deitar,  não estava conseguindo dormir, logo o Scheleski  termina de se preparar para o dia seguinte e ele apaga as luzes e vai deitar…  gente o home estava roncando mais que um FENEME descendo a cerra, com o escapamento aberto, ( brincadeira) era mais uma noite minha de insônia.

Logo escuto o Edipo, conversando, decido levantar e ir com eles encontro o Mateus (de passo fundo) e o Franja e mais um operador que acabei não perguntando o nome estavam assando carne na madrugada, a ali ficamos dando muita rizada, a noite passou rápido deito para descansar uns minutos amanheceu logo.

O pessoal da organização chegou, chegando e vibrando as 6:30 o sol nem tinha nascido e o pessoal trabalhando duro, e alguns minutos , iniciava a recepção dos operadores, e recebemos o mapa da missão e pulseira, (top).

Logo estava pronto e entro a campo, a cronagem é feita e tomamos posição a adrenalina sempre sobe nesta hora, ai recebemos a missão, fazer uma proteção na alinha de defesa do piloto.

É definido quem será médico no time, e frequências de  rádio, é dado a largada, chegamos em pouco tempo no ponto da missão e em  1 minuto, não havia mais ninguém na base protegendo o piloto, ficamos muitos minutos parados, esperando algo, até decidirmos avançar, e ai a historia mudou, os confrontos não pararam mais.

A condição de ter munição limitada, tornava cada batalha e cada tomada de território mais dinâmico, quase perdemos o piloto na primeira investida do inimigo (militares), volto para a área do piloto e o time foi avançando, e avançando e eu pedindo muito para o pessoal poupar munição, pois era muito tempo voltar até o início do campo para recarregar a munição e voltar a batalha.

Até que em uma investida, chegamos muito perto da antena e eu controlando o as munições peguei uma posição que me deu uma vantagem absurda de combate, a par de um grande pinheiro a subir, a trilha de mata terminava em uma área aberta, e como ela terminava em um ponto do terreno, onde o terreno iniciava a subir, formando um “V” no terreno  que dava uma desvantagem ao escudo, por que neste ponto com o escuto para tentar entrar ficava muito exposto ou as pernas ou as costas, contra minha posição mas eu estava em vantagem de ver sem ser visto, por estar em um lugar mais escuro também, usando a sobra das arvores dificultava eu ser localizado nesta transição de terreno, de claro para escuro.

Tomando proveito do terreno e conhecendo a distância efetiva do meu equipamento, ali foi a minha farra,  de repente meu time todo foi morto, fiquei sozinho. e eu ainda não tinha dado nem um disparo, (terceira vez que tinha recarregado),  e já tinha sido baleado duas vezes antes de chegar o ponto.

E ai eu percebo as investidas dos inimigos e eu começo a disparar controlando a munição, e ai começou onda após onda de operadores tentando entrar na mata. E eu contando as munições, 3 disparos por inimigo.. esperando o time voltar, e o tempo passando e eu sozinho, a adrenalina a mil, os tiros contra minha posição paravam todos em arvores a frente, e ai foi.., matei um, dois, três, perdi a conta de quantos eu estava atirando, depois percebo um escudo vindo  e consigo derrubar o operador do escudo.  E mais inimigos vindo, um atrás do outro e meu time  consegue retornar com alguns operadores, um de suporte atira sem parar, e uns operadores tentaram avançar e são rapidamente abatidos, a equipe distante do meu ponto de combate neste momento morrem todos e eu mantive a posição e continuo a atirar e, percebo que dois magazines estavam vazios, fiz a última recarga de munição pensei,

“- Ainda tenho a pistola”. E continuo a atirar e tirar operadores inimigos se movendo em lugares que eu sabia que se eu atirar contra “ele” neste ponto eu entregaria uma posição para ele revidar fogo com muita chance de eu ser alvejado, mas eu não vou entregar um ponto favorável a eles. Decidido a segurar a posição até meu time voltar e o time não voltava, e o tiro comendo, eu chamava no rádio e nada de resposta, a munição do fuzil termina. Tiro o mag e vazio. Pensei “-Acabou agora!”, quando olho uma nova onda de dois escudos avançando e uns 5 a 6 operadores atrás dos escudos, saco a pistola do coldre e ainda consigo acertar um último operador bem atrás dos escudos, neste ponto já não dava mais, era muitos operadores e sem munição sou alvejado, tomo uns 15 disparos.

– “Morto” eu ergo o pano vermelho e a ainda sou atingido mais umas vezes (guerra é guerra) e ai tenho que voltar para a base, e ai percebo que eu estava sozinho no trecho todo da antena até o piloto, não havia mais ninguém neste caminho. Ao chegar na base ouço no rádio que o piloto foi capturado.

A canseira bateu, a noite sem dormir a sinusite incomodando muito, percebo que perdi o cano da arma, a parte externa “hahaha “ e logo  o pessoal achou.

Volto ao combate, e percebo que a vila estava tomada, muitos inimigos dentro da vila,  pela janela de um galpão acerto um, em seguida sou baleado, a cura foi rápida,  e volto ao combate, e percebo que não tenho mais como seguir em jogo, a fome bateu forte, o cansaço pesou, e estou afastado do meu time sem rádio não sabia o que estava acontecendo em campo, estava sem condição de seguir combate, decido parar, mas com a alma lavada..  pensa em uma felicidade, a hora que tirei o colete e parei para descansar, a quilo foi sensacional. A partir de então foi aguardar o termino da partida em quanto comia o mais saboroso cachorro quente que já comi, a fome é algo que muda muito o sabor da comida, parecia que a alma voltava ao corpo.

E a partir dai, descobri como estava acontecendo nas missões e que estávamos em um contingente muito menor do que os militares, e conseguimos fazer tanto com tão poucos, foi uma sensação de vitória.

A alegria era geral, a volta então no carro com o Scheleski foi sensacional muitas ideias muitos pontos importantes muitas experiências vividas neste evento que ficarão para sempre na minha memoria.
Obrigado a Divisão 54, por proporcionar um evento top deste. Este foi um dos muitos momentos memoráveis do jogo.
Obrigado a todos um forte abraço.

Att.
Diego (Equipe Fox Unit).
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Colunista: Scheleski

Joelmir Scheleski, vulgo Xexéu. Fundador do Portal Airsoftrs.com Colunista, Droneiro, Fotógrafo, Podcaster, Videomaker, Pai do João e da Maria Valentina. Apaixonado por tudo que se tornar interessante!
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