Relato de Guerra – Operação Congo – São Leopoldo/RS | PORTAL AIRSOFT RS Relato de Guerra – Operação Congo

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Em 28 de agosto de 2022 houve um jogo de Airsoft memorável, onde a diversão, a organização e a simulação militar foram muito bem aplicadas. De organização do pessoal do SAF e do COC, a Operação Congo foi realizada no SNAKE AIRSOFT FIELD, um campo de instrução militar sediado em São Leopoldo – RS.

Alguns meses antes da execução do evento, tive a honra de ser convidado pra liderar o Exército M23 contra as tropas da ONU. Em contra partida, o ELVIS, do INSBA, veterano de missão de paz no Timor Leste, foi convidado pra ser o Force Comander na missão.

Desde a inscrição pro evento, foi demonstrada pela organização uma preocupação muito grande com a qualidade dos materiais, dos planejamentos, da preparação dos locais usados no evento, etc. Houve uma preocupação especial com a criação de um manual SAR adaptado, que serviu como uma boa base pra modalidade. A imersão dos jogadores também foi um ponto notável que ajudou na qualidade do evento. O comprometimento tanto da organização quanto dos jogadores foi algo muito empolgante.

No check-in do campo, já ficou muito claro o nível de comprometimento dos organizadores. Usamos a área do estádio do Aymoré. Lá haviam balizados dois estacionamentos, um para cada exército e na entrada já foi recebido o patch e um pano vermelho do campo. Cada exército tinha um banner com o mapa do campo para melhor coordenação, além de materiais diversos como mapas do campo impressos em tecido.

Algumas semanas antes do evento, o M23 recebeu as missões em um material em PDF, rico de imagens e com as missões principais, além da intenção do comandante, que era clara em aumentar a violência contra o pessoal da ONU.

Depois de receber as missões, analisei cuidadosamente o terreno e as ordens, afim de tentar bolar a melhor estratégia pro jogo. Como a área é muito grande, decidi descentralizar nossas ações em 5 núcleos de operações que atuariam em diferentes quadrantes do campo.

Nossos núcleos de combate foram divididos em 5 pelotões com missões distintas, sendo eles:
Núcleo 01 – Pelotão Sombras – Foram a tropa de segurança da liderança do M23.
Núcleo 02 – Pelotão Fantasmas – Esse pessoal se incumbiu de atacar e sequestrar os médicos sem fronteiras. Após sequestrá-los, deveriam levá-los até o cativeiro e mantê-los cativos naquela posição.
Núcleo 03 – Pelotão Arautos – Esse pessoal saiu da base M23 mais a sul, entrou pela trilha do mosquito até o rádio, destruindo aquela posição e em seguida partiu pra posição da queda do helicóptero, onde tbm destruiu aquela posição.

Núcleo 04 – Pelotão Zulus – Atacaram com força total a base provisória. A intenção era dominá-la e ocupá-la permanentemente para forçar que a ONU que se afunile pela área de camping próxima ao lago. Isso tiraria deles um importante ponto estratégico. Além de conduzir o diplomata até o cativeiro.
Núcleo 05 – Pelotão Wakanda – Dividido em 2 grupos de combate, protegeram as bases do M23.
Lá na base, dei algumas orientações sobre o nosso planejamento e realizamos uma inspeção final nos efetivos e materiais conduzidos pro cumprimento da missão.

ESQUEMA DE MANOBRA
Os 1° e 4° Pelotões ZULUS e SOMBRAS sairam da base M23 (Laboratório) em 23E e seguiram o eixo de progressão vermelho, por estrada, passando pelo ponto de controle 15C (casa do caseiro) seguindo até a posição de ataque 12F (bifurcação). Lá, fomos emboscados por tropas da ONU, que começaram o combate antes da hora. Na posição de ataque, reorganizamos e os médicos começaram os resgates da emboscada. Após reorganizados, o 1° Pelotão Sombras entraram na mata até uma clareira próxima à 11I (base provisoria) e o Pelotão 4 – Zulu seguiu pela estrada, entrando em uma posição de flanqueamento da Base Provisória.

Dessa forma, adotamos um dispositivo em “L”, trazendo duas frentes de combate ao galpão. Atacamos com força total, mas sem sucesso. Ficamos até próximos de entrarmos na instalação, mas os atiradores da ONU estavam muito bem posicionados e eram ótimos atiradores. Utilizamos granadas, metralhadoras, fumaça e toda a força de ataque dos dois pelotões, mas sem sucesso.

Após várias tentativas de ocupar a base, não tivemos sucesso e o diplomata foi exfiltrado pelas tropas da ONU.
Simultaneamente, o Pelotão dos Fantasmas e o 1° Grupo de Combate do Pelotão Wakanda avançaram de 23E para a clínica móvel pelo eixo de progressão azul. Nesse deslocamento passaram pelo bambuzal de 22F a 21H. Em 21H cruzaram uma pequena linha d’água e ingressaram na trilha alguns metros à frente. Ocuparam a Posição de ataque a partir da estrada em 21I, alinharam e avançaram até 19J, na clínica móvel dos médicos sem fronteira. Lá, atacaram em linha eliminando os guardas e sequestrando os médicos.

Após raptar o médico, os Fantasmas levaram o prisioneiro pela trilha de 18K até 17L, virando à esquerda em 17L e prosseguindo até 11L, onde fortificaram as instalações e manteram o médico no cativeiro. Paralelo a isso, após o sequestro, os Wakanda retornaram à Base M23 pelo mesmo intinerário de ida ficando em condições de, mediante ordem, seguir por estrada, de 21I a 12F e depois até E24, como reserva para reforçar qualquer posição aliada.

O Pelotão Fantasma obteve êxito em todas as etapas do planejamento, sendo reforçados pelo 1° Grupo de Combate de Wakanda, realizando todos os avanços e defensivas de forma muito agressiva e rápida, porém após cerca de 3 horas defendendo o cativeiro, foram sobrepujados por uma força-terefa da ONU, onde houveram muitas baixas e acabamos perdendo a posição.
O segundo Grupo de Combate de Wakanda e os Arautos, iniciaram o jogo na base M23 localizada em 35I. Já no start game, deixaram 2 guerreiros na base como segurança e direcionaram todo o resto do efetivo a comando dos Arautos, de 35I ate 36M, na bifurcação, pegaram a esquerda até 33N, onde a trilha fica mais sinuosa. Lá tomaram a posição de ataque, em linha e avançaram até a clareira do rádio em 30O, onde destruíram todo o pessoal e material da posição.

Após destruir o rádio, devem vasculharam a área em busca de informações úteis (mensagens recebidas ou enviadas). Lá, o Comandante dos Arautos localizou outro alvo compensador próximo, o ponto da queda do helicóptero, e decidiu prosseguir em uma patrulha de oportunidade através da trilha. Nesse ponto os Sombras haviam se partido em dois grupos de combate, um que me seguia como segurança e outro que reforçava o pessoal de Zulu. Pude acompanhar a agressividade dessas tropas, que cumpriram as duas missões de forma impecável. Após o cumprimento dessas missões, eles ficaram em condições de reforçar os demais efetivos do M23.

Ao final, com toda essa manobra em andamento, tínhamos tropas espalhadas por todo o entorno do campo. Isso nos deixou com uma dificuldade de coordenação muito grande. Entretando, o comprometimento da tropa M23 facilitou tudo. Todos os pelotões sabiam a área de atuação das tropas amigas e, os nossos planejamentos tiveram uma boa taxa de êxito. Portanto, é vital que cada Pelotão focasse em sua missão, evitando combates desnecessários e da forma mais rápida possível. Sempre que algum Pelotão não teve sucesso, ele retraiu, reorganizou e ajustou a tática, ainda em busca do cumprimento de sua missão inicial.

Eu e os sombras, estivemos livres para nos deslocar pelo campo em apoio a outros Pelotões, o que me deu uma visão boa de nossa coordenação.
Lembrando que o líder inimigo era o Elvis. Se algum dos Pelotões topasse com ele, deveria capturar e o levar a uma de nossas bases pra tortura/interrogatório e demais maldades cabíveis.

Após desenroladas todas missões, a perda do Diplomata, o seqüestro do Médico, o Estouro da Estação Rádio e o Estouro do Helicóptero caído, coordenamos esforços para a defensiva das bases M23.
Foram lançadas armadilhas, metralhadoras e todos os meios pra manter as bases fortificadas.

Permaneci na 1ª Base, com 50% do efetivo M23. Enquanto isso, na 2ª Base foram os outros 50% do efetivo. Nesse momento imaginamos que a ONU realizaria um ataque coordenado nas duas bases simultaneamente.
No entanto, após lançar o Sniper Altoé para realizar inquietações no inimigo, o Altoé nos informou que a tropa da ONU estava se deslocando com seu efetivo completo para a 2ª Base M23.
De imediato ordenei pra que o pessoal que estava comigo na 1ª base reforçasse a 2ª Base, permanecendo apenas minha guarda pessoal e alguns jogadores. Essa ordem culminou no reforço da posição da 2ª Base, que após cerca de uma hora de combate, foi conquistada.
Os integrantes do M23 vivos retraíram e se juntaram a nós, que mesmo juntando essas tropas, estávamos com efetivo menor, visto que o pessoal que caiu na 2ª ase demoraria muito pra retornar a um ponto de inserção. Após reunir com o pessoal, montamos 4 linhas de defesa utilizando as trincheiras naturais do terreno. A idéia era trocar espaço por tempo, de forma a manter a ONU desdobrada no terreno e retraindo até a próxima posição.
Esse sem dúvidas foi o combate mais intenso do game. Os médicos arrastavam os feridos, uma chuva de granadas era ouvida, metralhadoras gargalhavam… cheguei a esgotar minha munição na defensiva final.
Esse combate intenso chegou ao fim quando o horário imposto pela organização foi alcançado. O jogo chegou ao fim num momento onde vimos pessoal da ONU e do M23 cara a cara, com muitos feridos, efetivos desgastados e com pouquíssima munição.
Um final emocionante para um evento muito bem dirigido e executado.

EQUIPE SUNSET RIDERS

Agradecimentos:
Às equipes SAT e COC pelo evento impecável. Que mais eventos nessa qualidade venham a abrilhantar o Airsoft.

Ao Becker Vídeos, que capturou com qualidade ímpar as imagens que transitem a adrenalina e qualidade das operações realizadas nesse jogo.

Às equipes SUNSET RIDERS, Phantoms, ST, KSK, Black Siders, Adrenalina, GTO/GO, BTK, GUNNERS, Resgate, União, SG, XCOM, VSAT, COMANDOS, EASY, CERBERUS, nT, PTF, BCP, Divisão 1, Ducks, KTA e demais integrantes avulsos do exército M23.
Um agradecimento especial ao Exército ONU. Nossos valorosos Adversários que dificultaram muito a execução dos nossos planejamentos e demonstraram um grau de comprometimento impecável. Foi um prazer travar essa guerra.

HURRA!
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